A Identificação por Rádio Frequência, mais conhecida como RFID (Radio Frequency Identification), é uma tecnologia utilizada para identificar, rastrear e gerenciar, por exemplo, bens móveis, eletrônicos, livros, medicamentos, produtos, animais ou mesmo pessoas, sem a necessidade de contato visual.
Vantagens da Tecnologia RFID
A sua maior vantagem é a possibilidade de eliminação de intervenções humanas manuais e visuais, possibilitando que os dados sejam capturados sem a necessidade de um campo visual, inclusive através de barreiras e objetos (madeira, plástico, papel etc.). Além disso, potencializa os processos permitindo a leitura simultânea dos itens identificados com tags RFID, diferente dos modelos tradicionais que fazem uso de etiquetas de código de barras, onde os itens devem ser lidos individualmente e requerem a manipulação humana.
História do RFID
Registros históricos apontam que a tecnologia foi utilizada na Segunda Guerra Mundial para rastrear a aproximação de aviões. As forças militares alemãs, americanas e seus aliados faziam uso de radares com o objetivo de serem alertados com antecedência da aproximação de aviões enquanto ainda se encontravam bem distantes. A aplicação da tecnologia surgiu da necessidade de identificar dentre os aviões quais eram aliados e quais eram inimigos. Os alemães identificaram que caso seus pilotos girassem seus aviões quando estivessem retornando à base eles iriam possibilitar uma modificação no sinal de rádio que seria refletido pelo radar. Desta forma, os responsáveis pelo radar sabiam que se tratavam de aviões alemães. Do lado britânico, Watson-Watt foi líder de um projeto secreto onde os ingleses foram pioneiros no desenvolvimento do identificador ativo de amigo ou inimigo (IFF – Identify Friend or Foe). O projeto consistia em colocar transmissores em cada avião britânico e quando esses transmissores recebiam sinais das estações de radar no solo, davam início a transmissão dos sinais de resposta, possibilitando a classificação da aeronave como Friendly (Amigo).
Atualmente os sistemas funcionam com o mesmo conceito onde os sinais são enviados a um transpoder, o qual é ativado e reflete de volta o sinal (sistema passivo) ou realiza a transmissão de seu próprio sinal (sistema ativo).
Avião Britânicos Spitfire
Primeiro registro de patente de sistema RFID
A requisição e conquista da primeira patente americana para um sistema de RFID deu-se em 1973 e foi solicitado por Mario W. Cardullo. A patente foi concedida para um sistema passivo, onde o objetivo era destravar uma porta sem o auxílio de chaves. Ainda na década de 70, o governo americano trabalhou na implementação de sistemas RFID, projetando um sistema de rastreamento de material radioativo para o Departamento de Energia e outro sistema para rastreamento de gado para o Departamento de Agricultura.
Onde se aplica? Talvez você não saiba, mas ele já é uma realidade presente no seu dia-a-dia.
Atualmente a tecnologia RFID é aplicada nos mais variados tipos de negócio, agregando grandes vantagens para as empresas privadas e órgãos governamentais. Podendo atender os mais diversos objetivos, possibilitando a rastreabilidade e inventário dos bens permanentes, estoques e almoxarifados, controle de medicamentos, disponibilizando informações de localização e as condições dos itens desde seu recebimento até sua utilização ou descarte. Pode ser ainda utilizado para controlar furtos, perdas, aumentar a eficiência nos processos de movimentação e distribuição, auxiliando os gestores a tomarem decisões mais eficazes e executar um melhor planejamento das demandas.
Destaca-se a aplicação na rastreabilidade dos itens, potencializado principalmente pela capacidade de armazenamento, leitura e envio de dados nas tags. Permite de forma clara identificar o que se deseja rastrear. A possibilidade de leituras simultâneas das tags sem a necessidade do campo visual permite impulsionar a produtividade nas atividades de identificação e inventário durante todas as atividades realizadas nos processos realizados.