O crescente número de etiquetas de identificação por radiofrequência no mercado, combinado com a rápida evolução da tecnologia e o surgimento de padrões para tags UHF (ultra-alta frequência passiva), está criando uma infinidade de opções para as empresas e órgãos públicos que desejam implantar RFID. Há muitos fatores a serem considerados ao avaliar e selecionar tags, incluindo os objetivos que impulsionam a implantação, o tipo dos itens a serem tagueados, a faixa de leitura necessária e os processos impactados pela introdução da tecnologia RFID.
Etiquetas (tags) RFID contêm um microchip e antena, e estão disponíveis em uma grande variedade de tamanhos e formas. Alguns são tão pequenos como um grão de arroz e envolto em vidro, enquanto outros são fechados em plástico e no tamanho de um cartão de crédito, por exemplo. Ainda outros, conhecidos como etiquetas inteligentes, são incorporados no papel. Alguns são descartáveis, enquanto outros podem ser reutilizados. Os custos também variam muito, dependendo da forma, da quantidade de dados que a tag pode armazenar, do material que ela é encapsulada e do volume de tags comprados.
Com o uso crescente da tecnologia RFID e a adoção de padrões para algumas categorias de tags pela Organização Internacional de Padronização (ISO) e pela EPC Global , os preços das etiquetas estão caindo.
São cinco passos para definir os tipos de etiquetas a serem utilizados:
1) Definir quais os objetivos
Em todos os projetos, deve-se avaliar o item e a finalidade ao selecionar uma etiqueta RFID. O objetivo de uma solução RFID, por exemplo, define se serão aplicadas etiquetas ativas ou passivas. “A seleção de etiquetas RFID depende diretamente da aplicação”, diz Leonardo Mafra, gerente de negócios da Vh Soluções em Software. Por exemplo, com os projetos de RFID na cadeia de suprimentos com base em itens de menor custo, são necessárias tags passivas EPC Gen 2 UHF. Se você quiser monitorar equipamentos médicos em um hospital ou produtos de alto custo em um pátio de armazenamento, tags ativas são mais susceptíveis a ser a melhor escolha adotada.
2) Definir os itens que serão aplicadas as etiquetas RFID
Antes de selecionar uma etiqueta RFID, é importante considerar os materiais do ativo ou produto, bem como quaisquer requisitos de embalagem e como o produto etiquetado será tratado. Metal e água são os grandes vilões em projetos RFID e podem afetar a eficácia de uma etiqueta RFID.
3) Definir parâmetros para as taxas de leitura e alcance
As empresas que implementam RFID precisam pensar sobre a frequência com que as etiquetas devem ser lidas e a distância necessária entre as etiquetas e os leitores. As tags ativas têm uma faixa de leitura mais longa do que as tags passivas porque usam sua própria fonte de energia para transmitir sinais. Mas em muitos casos, sua aplicação se torna inviável dependendo do produto que será tagueado em virtude do custo mais alto da etiqueta em relação a uma passiva.
4) Pensar a longo prazo
Muitas empresas que investem em tecnologia RFID muitas vezes começam com a etiquetagem de um único produto ou unidade de estoque. A grande questão é que nem sempre itens diferentes utilizarão o mesmo tipo de etiqueta RFID. Devem ser considerados, por exemplo, fatores como a temperatura a que um produto é armazenado e a forma e tamanho da etiqueta.
5) Execução de testes
Finalmente, todos os produtos devem ser testados para ver como eles se comportam em condições reais. A forma de colocação da etiqueta no produto, a proximidade de outros produtos, ambiente e outros fatores podem afetar o sucesso da marcação. Testes minuciosos podem ajudar a determinar a melhor colocação de etiquetas.